“Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos.” (Gênesis 1:14).
O tempo cronológico existe para todos os povos. Por isso, todos os povos possuem um calendário, para marcar e determinar o “tempo”, contando os dias, meses e anos. Temos o calendário chinês, o islâmico, o judaico, dentre outros. Uns são denominados de “solar”, por usar o ciclo do Sol como medida do tempo, outro de “lunar”, pois usa o ciclo da lua para contagem dos dias.
Em todos os povos, desde o passado, o homem tem a necessidade de contar os dias e marcar o tempo, ou os tempos. Fosse para semear ou para colher, para se preparar para as estações do ano, especialmente o inverno, o homem precisava marcar ou contar o “tempo”. Alguns combinaram ciência e religião para marcar esse tempo, mas, o “tempo”, sempre foi marcado pela obediência ao que foi determinado pelo próprio Deus usando a noite e o dia, o sol e a lua (Gn 1:14; Sl 104:19; Ec 3:11).
Por causa do tempo marcado por agendas e calendários, é comum, entre todos os povos, no último dia do ano, as pessoas terem um momento de reflexão, de introspecção, fazendo uma retrospectiva da vida. Ao arrancarmos a última folha do calendário de parede ou virarmos a última página da agenda, relembramos momentos de alegria, de acertos, de conquistas, mas, também, não esquecemos os momentos de tristeza, de erros, de derrotas (Ec 3:1-8).
Nossa agenda para 2019 está totalmente em branco e pronta para ser preenchida.
Independente do que ocorreu no ano que termina estamos no prelúdio de um novo ano. E eis-nos aqui de novo, prontos a colocar um novo calendário na parede e começar uma nova agenda anual. Serão novamente 365 oportunidades de fazermos tudo diferente. Nossa agenda para 2019 está totalmente em branco e pronta para ser preenchida com compromissos que poderão ser escritos de uma nova forma. E a melhor maneira para acertar mais e errar menos é buscar em Deus a direção, é deixá-lo ser o condutor de nossa vida, é se render a Ele submetendo à sua vontade (Mt 7:21; Lc 6:46; 1 Pe 5:6-7).
Sim, para o próximo ano, não temos nada marcado no novo calendário de nossa existência, nem há compromissos marcados na nova agenda de nossa vida, embora alguns pensam que os tenha marcado. O que temos na verdade são perspectivas como prospectivas, possibilidades e probabilidades dos dias, meses e estações de um novo ano. Afinal, quem pode confirmar alguma coisa para o amanhã na certeza de que este dia chegará? Infelizmente muitos têm essa presunção, como se estivesse no total controle do futuro (Pv 27:1; Tg 4:13-16).
A presunção nos faz errar em dois pontos, primeiro, os seres humanos são limitados quanto ao seu conhecimento futuro, nós não “sabemos o que sucederá amanhã” (Tg 4:14a). Segundo, a única certeza que temos nesta vida é a incerteza da morte, não sabemos se estaremos vivos amanhã, quanto mais daqui há um ano (Jó 14:1-2; Tg 4:14b). Sim, não somos “senhores do tempo” nem “dono da vida”, não conseguimos acrescentar um “côvado ao curso de nossa vida”, ou seja, não somos capazes de aumentar o tempo de nossa existência efêmera neste mundo (Lc 12:25).
Mas, muitas vezes, presunçosamente tomamos nosso destino em nossas próprias mãos. Sim, concordo que, de certa forma, temos o controle de nossa vida pelas decisões que tomamos sobre quem queremos ser, com quem andamos, com quem nos casamos ou o que fazemos. Decisões que influenciarão nossa vida aqui, para felicidade ou infelicidade, refletindo até na eternidade (Jó 15:31; Gl 6:7-8). Precisamos ter planos e metas para a vida, mas não vale a pena fazê-los como se Deus não existisse, porque o futuro está nas mãos dEle (Sl 31:15a; Tg 4:15).
Nossos planos para darem certo devem estar dentro dos “planos de Deus” para nossa vida.
Ao alvorecer de um novo ano, precisamos fazer novas promessas, traçar novos planos e esboçar novos projetos de vida familiar, profissional, social, sim, podemos e devemos agir assim. Mas, nossas metas e sonhos podem nos decepcionar se deixarmos Deus de fora deles. Nossos planos para darem certo devem estar dentro dos “planos de Deus” para nossa vida. Primeiro porque os “planos de Deus não podem ser frustrados” (Jó 42:2; Is 43:13); segundo, porque a última palavra é sempre dEle (Pv 16:1-3,9; 19:21; 20:24).
Então, não decida nada sozinho para o próximo ano. O melhor plano para o ano novo é nos submeter à vontade de Deus, para que haja conexão entre nossos esforços e o controle de Deus sobre nossos planos. Podemos usar nossas mentes, procurar conselhos de outros para tomarmos decisões e fazer nossos planos, entretanto, todo e qualquer resultado estará nas mãos de Deus, seja por sua vontade permissiva ou determinativa, assim, nossos planos devem ser “maleáveis” à vontade de Deus (Sl 37:3-5; Jo 15:7; Fp 2:13; 1 Jo 5:14-15).
O que você gostaria de fazer no novo ano que se inicia? Como você reagiria se Deus interviesse e modificasse seus planos? Então, planeje antecipadamente, mas não se aferre muito a seus planos, coloque os desejos de Deus no centro de seus planos, Ele nunca decepcionará você. Nós não temos a capacidade de prever futuro algum e de saber o que será melhor para nós, então, procure saber quais são os sonhos de Deus para sua vida, Ele sempre tem os melhores planos e sonhos para cada um de nós (Jó 23:13-14; Is 55:8-9; Jr 29:11).
“Isso que me aconteceu é parte do plano de Deus e ninguém pode fazer Deus mudar de ideia. Tudo que quer, Ele faz. Não há remédio! Deus vai fazer comigo tudo que planejou, inclusive coisas que ainda estão por vir.” (Jó 23:13-14 – Bíblia Viva).
Desejamos a todos um feliz novo tempo de recomeçar!
Feliz ano novo!
Anderson Fazzion
Coordenador do CIM WH Brasil
cim@whbrasil.org
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Cuidado Integral do Missionário