Rede Tito - 2 Co 7:6
“Foi então que Deus, aquele que anima os abatido, revigorou-nos com a chegada de Tito.” (2 Co 7:6 – Bíblia Viva)
Paulo, depois de sua visita traumática a Corinto, chegou a Trôade e mesmo tendo uma porta aberta para a evangelização, não teve paz em seu espírito e foi para a Macedônia com o propósito de encontrar Tito (2 Co 2:12-13). Sua estada na Macedônia foi extremamente atribulada. Ele não teve nenhum alívio, ao contrário, teve lutas por fora e temores por dentro (2 Co 7:5).
Decepcionado quando de sua a visita a Corinto, Paulo havia enviado à igreja uma carta por intermédio de Tito, carta essa que tinha como propósito orientar a igreja a disciplinar o membro faltoso que liderava a oposição contra Paulo na igreja. A chegada de Tito com boas notícias foi um bálsamo para o apóstolo. O próprio Deus, Pai de toda consolação (2 Co 1:3), consolou-o com a chegada de Tito (em 2 Co 7:6, no original grego, o nome Tito significa: enfermeiro ou ama-seca). Os olhos de Deus estão nos seus filhos que passam por sofrimentos, tanto físicos como mentais, por amor do seu Reino, no tempo certo, Ele lhes manda consolo e livramento.
Com a chegada de Tito o Senhor consolou Paulo de três formas distintas. Paulo ficou feliz com a resposta positiva da igreja à sua carta; ficou feliz pela maneira bondosa com que a igreja tratou Tito e também ficou feliz pela expressão eloquente de saudade, do pranto e do zelo da Igreja por ele (2 Co 7:7).
Baseada na passagem de 2 Co 7:5-7, onde Tito consola a Paulo em uma visita pessoal, a Rede de Visita Pessoal ou, simplesmente, “Rede Tito” ( 2 Co 7:6), será formada por pastores conselheiros, mantenedores e membros de Igrejas voluntários, que com recursos próprios, em viagens agendadas e organizadas através do CIM WH Brasil, visitarão os missionários e sua família, visando o contato pessoal e verificar in loco todas as dimensões da vida e desafios do campo missionário.
Quando o missionário parte para locais distantes, solitários e perigosos a parceria com uma igreja local é fundamental. Parte do seu sustento financeiro, espiritual e pessoal são garantidas por esta parceria. Ainda que o missionário aprenda a língua da nação onde está, se vista com roupas típicas do local e coma qualquer tipo de comida, mesmo que ele se envolva de tal forma que se sinta tão confortável a ponto de chamar seu campo missionário de "casa", ali nunca será o lugar de sua origem.
Todas as experiências e memórias do missionário estará longe, seu contato com a sua família e amigos será limitado a horários pré-determinados e limitados às redes sociais dentro da tela do seu celular ou computador (e glórias a Deus pela tecnologia que aproxima as pessoas). O missionário não terá mais disponível o sabor da comida de casa, muitas vezes pela falta de ingredientes impossíveis de encontrar em outros continentes. Muitas vezes sentirá falta do aconchego da família e das risadas com os amigos nas reuniões de fim de semana. Mesmo que faça novos amigos, as diferenças culturais muitas vezes será uma barreira para um abraço sincero e acolhedor.
Por tudo isso, o missionário poderá sentir falta de falar sua língua materna, de abraçar as pessoas mais importantes da sua vida, das datas especiais juntos a eles, e não terá como "matar a saudade", e, por não querer preocupar ou fazer sua família e amigos se preocupar, esconderá seu sentimentos nos afazeres do campo missionário. É preciso entender que o missionário enviado para o campo, não está "desligado" da igreja local, pelo contrário, estará indo em nome dela, e precisará ser pastoreado, cuidado e, porque não, visitado por aqueles que o amam.
Por isso, a necessidade de se criar uma forma para a Igreja, especialmente a enviadora/mantenedora, atuar no ministério presencial junto aos missionários e sua família, para os ouvir, encorajar e orar por eles pessoalmente, até mesmo levar alguma oferta financeira e material, fortalecendo a necessidade de manter a fidelidade de contribuição e oração, podendo ainda proporcionar uma experiência a novos vocacionados antes de estarem no campo missionário de forma definitiva.
A Rede de Visita Pessoal ou “Rede Tito” ( 2 Co 7:6) do CIM da WH Br é formada por pastores conselheiros, mantenedores, pastores ou líderes de missões das respectivas Igrejas a qual o missionário esteja ligado ou seja membro, de membros dessas Igrejas ou voluntários, que, em grupos ou individualmente, com recursos próprios, realizarão viagens previamente agendadas e sob orientação do CIM da WH Br para visitar os missionários e sua família no campo onde estes servem ou no território nacional quando da vinda destes ao Brasil.
O objetivo da Rede é levar os interessados a:
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- Estar intercedendo junto com os missionários e sua família;
- Proporcionar que Igrejas enviadoras e mantenedores conheçam e ajudem diretamente projetos dos missionários e sua família no campo;
- Provocar integração entre a Igreja, pastores, líderes de missões, mantenedores com os missionários e sua família, diretamente no campo.
As viagens em grupos serão realizadas sempre sob a liderança de algum membro da WH do local a ser visitado ou que acompanhará o grupo desde a partida do Brasil, a quem todos deverão ouvir e seguir as orientações para que se evite transtornos durante as viagens. Não será realizada visitas em grupo aos locais com restrição de liberdade para pregação do evangelho.
As viagens não serão exclusivamente transculturais, podendo ser viagens de visitas em território nacional, para visitar os missionários e sua família, para os ouvir, encorajar e orar por eles pessoalmente enquanto estes estiverem no Brasil por algum motivo e for possível receber visitas.
É bom lembrar que toda pessoa com idade igual ou acima de sessenta anos, com renda individual igual ou menor que dois salários mínimos tem o direito de viajar de graça, se observadas algumas regras. A gratuidade nas viagens interestaduais de ônibus no Brasil foi regulamentada em 2006, fazendo parte do Estatuto do Idoso.
O membro da Rede Tito ( 2 Co 7:6) do CIM da WH Br deverá estar disposto a, em grupo ou individualmente e com recursos próprios, realizar viagens previamente agendadas e sob orientação do CIM da WH Br a fim de visitar os missionários e sua família no campo onde estes servem ou no território nacional quando da vinda destes ao Brasil, para os ouvir, encorajar e orar junto com o missionário e sua família, ter momentos de koinonia, além de conhecer e ajudar in loco os projetos desenvolvidos pelos missionários no campo.
No retorno da viagem deverá promover a integração entre a Igreja, mantenedores e os missionários, fortalecendo a necessidade de manter a fidelidade na comunhão, oração e contribuição aos missionários.
Características de um irmão "Tito"
Antes de continuarmos é preciso deixar claro que a Rede de Visita Pessoal não é uma "agência de viagem" e muito menos promove viagem ao campo missionário para fazer "turismo". Não se deve misturar passeio com Missões, pois as duas atividades são totalmente divergentes. Nas viagens para visitas a missionário no campo nem sempre serão em lugares lindos, ou terão boas hospedagens, boas alimentações. Contrariando a lógica de uma viagem turística, quem está no campo missionário, muitas vezes vive em outra realidade, vive em outro extremo, em lugar não atraente, com possibilidade apenas de hospedagem simples e comida restrita a cultura local.
As viagens de visitas aos missionários não devem ser aproveitadas como uma viagem de passeio, de compras, de descobrimentos, pois o missionário que aceitar receber o visitante estará em seu "ambiente de trabalho" e, muitas vezes, não disponibilizará tempo para acompanhar ou "guiar" o visitante pela localidade para visitar "pontos turísticos" (se houver) e a WH Brasil não disponibilizará ninguém também para este fim.
A visita programada deve proporcionar um momento abençoador com a presença dos interessados, com a participação nos trabalhos propostos pelo missionário anfitrião. Haverá sim oportunidade dos visitantes andar pelas ruas populares e se alimentar do mesmo modo que os nativos. Porém tudo de forma ordeira e previamente planejada e programada. Por isso, para participar da Rede Tito, o interessado precisará como cristão:
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- Crer que pode fazer a diferença;
- Ter um coração de servo;
- Estar disposto a enfrentar o choque cultural e ser flexível;
- Saber trabalhar em equipe obedecendo regras;
- Ter condições financeiras, psicoemocional e de saúde para as viagens.
Quero ser um Tito
"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus." (2 Coríntios 1:3-4).
Muitas pessoas, cristãos de verdade, que tem um coração de servo, sentem um profundo desejo de servir ao Senhor Jesus, mas, muitas vezes, não sabem como ou não entendem o seu "chamado". Embora sintam-se "vocacionados", pensam que para servir ao Mestre Jesus, devem deixar "tudo".
Sim, muitos são vocacionados ou chamados desta forma, mas, outros são chamados a servirem com seus "talentos", de conformidade com sua "capacidade" (Mateus 25:14-15), distribuído de acordo com a graça do Pai (Romanos 12:3-8), para apoiar aqueles que foram "enviados" bem como toda a Igreja do Senhor Jesus.
Se você entendeu a importância e a necessidade que temos de ter pessoas nos ajudando voluntariamente (esclarecimento sobre o serviço voluntário da WH Br, clique aqui e acesse a aba: O voluntariado) para ser um "Tito", afim de visitar os missionários através da Rede de Visita Pessoais do Cuidado Integral dos Missionários da WH Brasil, preencha o Formulário abaixo entre em contato conosco.
Nos sentiremos honrados e ficaremos muito felizes com seu contato!
"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão." (1 Coríntios 15:58)
Formulário de contato com o CIM WH Brasil
Caso o formulário acima dê algum erro envie suas dúvidas e solicitações para:
cim@whbrasil.org
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