Rede Áquila - At 18:2-3
“Paulo morou e trabalhou com eles, pois eram fabricantes de tendas, tal como ele. ”
(Atos 18:3 – Bíblia Viva).
A antiga cidade de Corinto, era uma importante cidade comercial com dois portos, que davam acesso para o mar Iônico a oeste, e para o mar Egeu a leste. Assim Corinto se tornou local de traslado do comércio entre as partes oriental e ocidental do âmbito do Mediterrâneo, que naquele tempo representava “o mundo”. Os contrastes sociais manifestavam-se com todos os seus extremos: ao lado dos ricos comerciantes e armadores mercantes havia a grande massa dos escravos, que realizava o trabalho de remadores nos navios e as múltiplas tarefas nos portos e estabelecimentos de exportação, nos estaleiros e casas comerciais. Povos e raças do Oriente e Ocidente se misturavam nesse local sem população autóctone.
Paulo quando chegou naquela cidade, não tinha um abrigo e como se manter. Afinal, não era um homem rico que pudesse alugar um quarto no hotel e tomar refeições no restaurante. Mas, o livro de Atos narra algo prático. Sabendo Paulo trabalhar com couro, tinha o ofício de “fazedor de tendas”, e procurou um mestre de seu ofício, entre os judeus que ali estavam, a fim de conseguir junto dele trabalho e hospedagem.
No ano 49 d.C., um ano antes de Paulo chegar a Corinto, o imperador Cláudio havia expulsado de Roma todos os judeus. Por essa causa, Priscila e Áquila deixaram a Itália e foram morar em Corinto (At 18:1-2). Por isso, o livro de Atos diz que Paulo percorrendo as ruas daquela cidade, em busca de um auto sustento, “encontrou certo judeu chamado Áquila, natural do Ponto, recentemente chegado da Itália, com Priscila, sua mulher, e, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles” (At 18:3).
As palavras “eram do mesmo ofício” mostram-nos que Paulo, Áquila e Priscila se aliaram não porque fossem todos judeus de raça, o que já lhes dava um laço comum, e nem porque fossem todos eles cristãos, mas especialmente porque, entre os judeus, pessoas de uma mesma profissão aparentemente se reuniam e viviam juntos, até mesmo em territórios judaicos. Quanto a essa particularidade Edersheim, em sua obra "Jewish Social Life", faz o seguinte comentário: “As guildas judaicas sempre se mantinham unidas, sem importar se o faziam nas ruas ou nas sinagogas. Em Alexandria, os indivíduos de diferentes negócios se assentavam nas sinagogas arranjados em guildas; e assim o apóstolo Paulo não deve ter tido qualquer dificuldade em encontrar-se, no bazar de seu negócio, com Áquila e Priscila, que eram da mesma formação que ele”.
Em seu ministério da evangelização, Paulo costumava sustentar-se pessoalmente. Existem mesmo referências neotestamentárias que nos dão substancialmente a ideia de que isso era um costume seu, e não meramente algo que ele praticava apenas em certas ocasiões. Além disso, em 1 Co 9:12 vemos que ele trabalhou em Éfeso, em 2 Co 7:2 lemos que trabalhou em Corinto; e em 1 Ts 2:9 e 2 Ts 3:8-9 fica claro que ele também trabalhou em Tessalônica.
Paulo jamais deixou de pregar o evangelho por falta de sustento das igrejas. Nessas circunstâncias trabalhava para sua própria sobrevivência. Por isso, podemos afirmar que Paulo se associou a Áquila e sua esposa Priscila para se auto sustentar. Esse casal era colaborador do ministério de Paulo e exercia o mesmo ofício do apóstolo, a fabricação de tendas. Em Corinto, Paulo foi morar com eles, trabalhando com as mãos para seu sustento (2 Co 11:7-9). Esse não é o ideal de Deus, pois o princípio divino é: “... Aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho” (1 Co 9:14 ó Mt 10:9-10). Porém, para evitar qualquer obstáculo à pregação do evangelho, Paulo se abstinha de receber o sustento material (1 Co 9:12).
Paulo fazia tudo em prol de Cristo, na forma de serviço prestado aos seus seguidores ou na forma de novos convertidos ganhos para o Senhor, ele fazia motivado por puro amor a Deus e compaixão pelos perdidos, de tal modo que jamais alguém suspeitasse que ele trabalhava meramente a fim de receber auxílio pecuniário das igrejas (1 Co 9:16-19; 2 Ts 3:8-9). Contudo, ressaltamos que passagens como de 1 Co 9:6-18, Gl 6:6; 1 Tm 5:17, demonstram que Paulo considerava que os ministros do evangelho recebessem ajuda econômica da parte daqueles para quem ministravam, como uma norma legítima e correta aos olhos de Deus, e até mesmo recomendada nas Escrituras, desde os tempos do Antigo Testamento.
A Rede de Desenvolvimento de Projetos e Negócios (BaM) do CIM – WH Br, como base em At 18:2-3, é composta por voluntários, irmãos em Cristo, mobilizados em todas as regiões do Brasil, que queiram firmar contrato de uma marca registrada, patente ou registro de propriedade industrial, conceder licença para a utilização de sua marca, bem como de seu processo de produção, produtos ou sistema de negócios, mediante o cumprimento de determinadas condições, a fim de de apoiar a expansão do Reino ou como forma de sustento de missionários, bem como manter projetos sociais ou exercerem seus próprios ministérios através de seus negócios em campo missionário.
A Rede é formada por pessoas interessadas tanto em "Business for Mission", onde as empresas alocam parte do resultado financeiro em obras e projetos missionários, ou como estratégia de "Business as Mission", onde o empreendimento é a própria missão. Neste último o negócio é criado para contribuir com a obra missionária por meio do testemunho cristão intencional, da geração de empregos e de relações de trabalho produtivas.
Nos dias atuais, fronteiras de muitos países estão fechadas para trabalhos assistenciais e ajuda social. O mesmo não ocorre com relação às empresas, que, por meio de globalização, avanços tecnológicos e urbanização, oferecem a oportunidade de investimentos, geração de renda e desenvolvimento econômico às comunidades em que estão inseridas. Daí surgem grandes oportunidades para dar testemunho em locais de difícil acesso.
No mundo cada vez mais globalizado, fazer negócios é vista como uma maneira mais natural de se relacionar com as pessoas locais por meio da convivência no trabalho, parcerias e do bom exemplo, já que, em muitos casos, é preciso demonstrar o que é ser cristão para, posteriormente, ter a oportunidade de apresentar Cristo à sociedade.
Desta forma, a Rede Áquila (Rede de desenvolvimento de projetos e negócios) desenvolve projetos e negócios para revelar Jesus, demonstrando valores do reino de Deus como um modelo de valores de trabalho, fidelidade e empreendedorismo, providenciando um contexto e veículo para impactar a vida das pessoas, comunidades e nações; plantação de igreja e mobilização de movimentos de missões autóctones, através de parcerias e colaboração com outros envolvidos na comunidade empresarial missionária para compartilhar experiências, melhores práticas e recursos.
Desenvolver projetos com conhecimento e qualidade, mediante assessoria técnica desde o planejamento, gestão e monitoramento; proporcionando suporte metodológico aos “gerentes de projetos” e “negócios”, tais como: treinamento, consultoria, gerenciamento de recursos, padronização de processos e suporte ao projeto, troca de experiências, etc., indicando a melhoria dos viabilizadores, da elaboração e execução dos processos para efetiva sustentabilidade dos “projetos” e “negócios”, em parceria com a WH Brasil e seus missionários.
Avaliar propostas de negócios, planos e estratégias, desafiando as partes envolvidas e seus criadores a estarem fundamentados no mercado e pesquisa, compreensão cultural e realidade econômica do país de origem e no qual estiver inserido. A aspiração é que os negócios missionários tenham planos e estratégias realistas para reembolsar o capital inicial e pagar salários de mercado aos empregados durante os primeiros cinco anos do negócio.
Os “projetos” e “negócios” desenvolvidos em parceria ou pela equipe da WH Brasil serão fundamentados em três princípios basilares:
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- ser lucrativo e sustentável;
- criar empregos e riqueza local;
- produzir capital espiritual.
Orar, encorajar, apoiar, equipar e municiar o estabelecimento de negócios missionários reais e viáveis na WH, com o desejo de ver negócios e pessoas de negócios desenvolverem seu papel em revelar o Reino de Deus e completar a tarefa inacabada de alcançar os não-alcançados com o Evangelho.
Informar, motivar e preparar a Igreja brasileira para viver o evangelho integral, fazendo discípulos em todas as sociedades, especialmente entre os mais negligenciados, com inovação e criatividade, usando tecnologia, conhecimento e estratégias atuais para o novo contexto global de se fazer missões através de "projetos" e "negócios" (Business for Mission ou Business as Mission).
O interessado em participar da rede, seja desenvolvendo projetos ou negócios em parceria com a WH Brasil ou ajudando a desenvolvê-los, deverá ter um espírito empreendedor disposto a realizar uma boa administração com gestão ética de forma a demonstrar como é o Reino de Deus no contexto dos projetos e negócios, se engajando nas questões sociais, econômicas, ambientais e espirituais mais urgentes do mundo.
Deve estar disposto a, intencionalmente, integrar plenamente os objetivos de negócios com o chamado a toda a igreja para levar o evangelho inteiro ao mundo todo, de forma a transformar positivamente, através de atividades empresariais com fins lucrativos, as pessoas e as comunidades. Fazer de seu negócio uma vocação como uma instituição da sociedade dada por Deus, com o potencial de trazer múltiplos benefícios para as pessoas, comunidades e nações.
Ser capaz de fazer missão trabalhando dentro e através de projetos ou negócio, através de suas atividades, através de produtos e serviços e através de relacionamentos, para criar novos empregos, impulsionar novas inovações e aumentar os recursos para a sociedade, gerando riqueza através de uma combinação de criatividade, trabalho duro e risco, para fornecer bens e serviços necessários em uma comunidade e estabelecer uma ampla rede de relacionamentos.
Ter a visão de que essas atividades, produtos e relacionamentos são essenciais para os negócios e parte do potencial de negócios dado por Deus é para transformar a sociedade e glorificá-lo. Através dos negócios, podemos intencionalmente combater a pobreza, aumentar a qualidade de vida, trazer uma mudança social positiva e levar conosco a mensagem da vida eterna.
Quero servir como Áquila
"E, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles e ali trabalhava, pois a profissão deles era fazer tendas." (Atos 18:3).
Muitas pessoas, cristãos de verdade, que tem um coração de servo, sentem um profundo desejo de servir ao Senhor Jesus, mas, muitas vezes, não sabem como ou não entendem o seu "chamado". Embora sintam-se "vocacionados", pensam que para servir ao Mestre Jesus, devem deixar "tudo".
Sim, muitos são vocacionados ou chamados desta forma, mas, outros são chamados a servirem com seus "talentos", de conformidade com sua "capacidade" (Mateus 25:14-15), distribuído de acordo com a graça do Pai (Romanos 12:3-8), para apoiar aqueles que foram "enviados" bem como toda a Igreja do Senhor Jesus.
Se você entendeu a importância e a necessidade que temos de ter pessoas nos ajudando voluntariamente (esclarecimento sobre o serviço voluntário da WH Br, clique aqui e acesse a aba: O voluntariado) para ser um membro da Rede de desenvolvimento de projetos e negócios, ou “Rede Áquila” (Atos 18:1-4) do CIM WH Brasil, desenvolvendo projetos e negócios para revelar Jesus, demonstrando valores do reino de Deus como um modelo de valores de trabalho, fidelidade e empreendedorismo, providenciando um contexto e veículo para impactar a vida das pessoas, comunidades e nações, ou está interessado em formar uma Rede ou Equipe com a mesma finalidade em sua Igreja, preencha o Formulário abaixo entre em contato conosco.
Nos sentiremos honrados e ficaremos muito felizes com seu contato!
"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão." (1 Coríntios 15:58).
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