O que um cristão deve ler e saber sobre suicídio?
Estamos no “Setembro Amarelo”, mês dedicado à prevenção do suicídio. Há com toda certeza a necessidade de entendermos mais sobre o tema e não devemos nos acomodar achando que este assunto não deve ser debatido, falado, explicado no meio cristão ou não ser tem nas pregações dos púlpitos.
A seguir, temos vários artigos já publicados no portal Ultimato que podem ajudar quem sofre com pensamentos suicidas ou quem quer entender melhor a situação para poder estender a mão.
O estigma, a vergonha, a impotência, a dificuldade em se compreender os fenômenos em saúde mental, as distorções teológicas que não abrem espaço para o diálogo. Como seres humanos, não estamos imunes aos sofrimentos psíquicos e angústias da alma. Leia sua Bíblia e encontrará uma diversidade de pessoas em sofrimento e questionamento, vivendo todas estas situações na companhia e amparo do Eterno.
Vários fatores podem estar relacionados ao suicídio: histórico familiar, distúrbios de humor ou de doenças mentais, desequilíbrios psicológicos, fatores ambientais e sociais, eventos altamente estressantes, ausência de apoio social e emocional, impulsos mórbidos, entre outros. Isolados ou em interação, esses fatores de risco podem variar em intensidade e imprimir na pessoa o desejo e a certeza de que a única saída viável é interromper o seu ciclo de vida.
Qual é então o papel principal da família? Antes e acima de tudo manter sempre um canal de diálogo aberto entre todos os membros da mesma, possibilitando não só o intercâmbio de fatos e notícias, mas principalmente de emoções e valores.
Se falar da morte do corpo já tem sido algo evitado, muito mais é falar da morte por suicídio, que chega até nós como uma tragédia. Muitos familiares negam por toda a vida o suicídio de um ente querido. A morte intencional atinge todos aqueles que estão próximos da pessoa. Além do mais, no suicídio a vítima e o assassino estão na mesma pessoa.
“Prazer e dor” são as companheiras inseparáveis de um pastor. Num mesmo dia a alegria de criança que nasceu e o enterro de uma ovelha que partiu. Vai do alto para baixo, numa gangorra de sentimentos que exige equilíbrio e serenidade o tempo todo!
Por que pastores se deprimem? Como pode um homem de Deus ficar tão abatido assim? A Bíblia menciona homens e mulheres fiéis que ficaram neste estado e que desejaram morrer — entre esses estão Rebeca, Jacó, Moisés e Jó. — Gn 2522; 37.35; Nm 11.13-15; Jó 14.13. Especialmente Elias (1 Reis 19.4).
Diante desta triste realidade, aqueles que trabalham com jovens e adolescentes nas igrejas deveriam se perguntar: O que tem levado os jovens e adolescentes a darem fim à própria vida? Como a igreja poderia ajudar na prevenção da depressão e do suicídio? Encarar este problema dentro das igrejas, certamente é um grande desafio, porém é necessário e urgente.
No Brasil, o índice de suicídios na faixa dos 15 a 29 anos é de 6,9 casos para cada 100 mil habitantes, uma taxa relativamente baixa se comparada aos países que lideram o ranking – Índia, Zimbábue e Cazaquistão, por exemplo, têm mais de 30 casos. O país é o 12º na lista de países latino-americanos com mais mortes neste segmento.
Por acaso você já pensou que “a vida seria mais fácil se, de repente, eu morresse”? Ela já. Mulher. 28 anos. Solteira. Do interior de Minas. Cristã. Ela conta pra gente o motivo desse pensamento ter passado por sua cabeça, como vem superando a crise, e o papel de Cristo em meio a essas dificuldades.
Já passou pela sua cabeça o pensamento de que “a vida seria mais fácil se, de repente, eu morresse”? Outra de nossas leitoras compartilhou com a gente seu testemunho sobre como superou esse momento. Com o relato, ela espera encorajar outras pessoas a não desistirem da própria vida.
O que não podemos fazer é nos distanciarmos. Algumas ideias para evitar isso podem ser convidar esta pessoa para um passeio, para uma caminhada, para correr numa praça, para cozinhar com você algum prato do qual ela goste, incentivá-la a fazer boas e saudáveis refeições, compartilhar com a pessoa como você mesmo tem encontrado esperança e força em Deus para vencer suas próprias tribulações.
Ligações para o Centro de Valorização da Vida (CVV), que auxilia na prevenção do suicídio, passaram a ser gratuitas em todo o país. Um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Saúde, assinado em 2017, permitiu o acesso gratuito ao serviço, prestado pelo telefone 188.