AS NAÇÕES CAMINHARÃO À TUA LUZ

“Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.”

(Mateus 2:1-2 - ARA)

Neste Natal, somos lembrados de que o nascimento de Jesus não foi apenas um acontecimento local em Belém, mas um sinal universal, um convite aberto a todos os povos, línguas e culturas para se aproximarem da Luz que veio ao mundo. E dessa forma o Natal deve nos envolver novamente com sua luz suave e insistente, lembrando-nos de que a história da salvação é maior que fronteiras, tradições ou etnias.

Quando Isaías descreveu que “virão camelos… trazendo ouro e incenso” e que “as nações caminharão à tua luz” (Is 60:3,6), ele não falava apenas de caravanas orientais atravessando desertos, mas anunciava o dia em que a glória do Senhor chamaria povos inteiros a reconhecerem o Rei. Era uma promessa profundamente missionária: a restauração de Sião se tornaria um farol para que todos os povos descobrissem o Deus verdadeiro.

Os magos do oriente e seus presentes ao Rei das Nações

Séculos depois, quando Mateus registra que “magos vieram do Oriente a Jerusalém” (Mt 2:1), guiados por uma luz que parecia tocar o céu e a terra, vemos a profecia de Isaías dando seus primeiros passos no mundo real. Aqueles homens estrangeiros não conheciam a Torá como os escribas, nem aguardavam o Messias com a expectativa de Israel; no entanto, seus corações foram movidos pela revelação de Deus, que sempre encontra caminhos para alcançar aqueles que estão longe. Eles representam as nações sendo atraídas não por força, mas por graça — uma graça que ilumina, chama, dirige e transforma.

Mateus diz que os magos “prostraram-se e o adoraram” (Mt 2:11). Naquele gesto simples estava o cumprimento inicial do que Isaías havia anunciado: povos distantes vindo em reverência ao Rei de Israel. E quando abriram seus tesouros — o ouro, reconhecendo Sua realeza; o incenso, reconhecendo Sua divindade; e a mirra, sussurrando Sua futura obra redentora — não estavam apenas oferecendo presentes, mas declarando que sua cultura, seu conhecimento, seus recursos e suas vidas pertenciam ao Cristo. O nascimento de Jesus não foi comemorado primeiro pelos ricos de Jerusalém, nem pelos eruditos do templo, mas por pobres pastores e homens estrangeiros, provando que o Evangelho sempre derruba muros e constrói pontes.

Ele veio até nós para e nos enviar a ir

Para nós, envolvidos em uma missão multicultural, essa cena não é apenas inspiradora — ela é formativa. Assim como Isaías viu nações caminhando à luz e como Mateus registrou os primeiros estrangeiros dobrando seus joelhos diante do Menino, nós vemos hoje povos, línguas, e culturas se aproximarem do Cristo através do testemunho fiel da Igreja. Cada missionário enviado, cada intercessão feita, cada oferta entregue, cada porta aberta em terras distantes faz eco ao movimento daqueles magos: passos orientados por Deus rumo à adoração do verdadeiro Rei.

Neste Natal, lembramos que a missão nasce do próprio coração de Deus, que tomou a iniciativa de vir ao nosso encontro antes que qualquer povo O buscasse. A encarnação é o primeiro ato missionário: Deus vindo até nós para que pudéssemos ir até Ele. E, ao mesmo tempo, ela nos envia ao mundo com a mesma luz que guiou os magos do oriente, porque a profecia de Isaías ainda continua se desdobrando quando “estrangeiros constroem os muros” (Is 60:10) — uma imagem de povos diversos cooperando para que o Reino avance até atingir todos os confins da terra.

Nosso testemunho uma mensagem de Natal

Que este Natal renove em nós essa visão gloriosa: a de que o Jesus nascido em humildade é o Rei das nações; a de que Sua luz continua brilhando entre povos que ainda O buscam; e a de que nós, como parte de uma obra missionária global, seguimos testemunhando que o Menino de Belém é o Salvador do mundo. Que nossa vida, como os presentes dos magos, seja colocada aos Seus pés — não por obrigação, mas porque a Luz nos encontrou, nos guiou e nos transformou.

Então, Feliz Natal! E que a Luz do Cristo continue atraindo povos e corações, inclusive o nosso, para a adoração e para a missão!

Tudo pelo Rei e a favor do Reino!

 

Equipe de Liderança
World Horizons Brasil

(O texto acima foi baseado em meditações pessoais e comentários bíblicos diversos).